sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pela autonomia democrática

Os modelos macro-económicos acabaram

Deixem-nos trabalhar! Deixem-nos agir! Deixem-nos criar!

Portugal: excedente comercial no 1º quadrimestre do 2013. Exportações crescem 4,1%, importações diminuem ​3​%.
Oje: Apesar de este ser o primeiro quadrimestre em que Portugal regista um saldo favorável entre as exportações e as importações de bens e serviços, já no total do exercício transato o valor foi positivo: "em termos anuais, 2012 fechou já com um excedente comercial de 111 milhões de euros, o que não acontecia desde 1943, estava Portugal em plena II Guerra Mundial", sublinha à Lusa uma fonte oficial da AICEP.
As exportações portuguesas passaram de 20,6 mil milhões de euros, de janeiro a abril de 2012, para 21,4 mil milhões, nos primeiros quatro meses deste ano, o que representa uma subida de 4,1%.

Quanto às importações, passaram de 21,6 mil milhões para 21 mil milhões de euros, tendo em conta a mesma referência temporal, o que revela uma descida de 3%.

São boas notícias, mas é preciso muito mais. Precisamos de descentralização, transparência, responsabilidade, eficiência de resultados e autonomia.

Temos que acabar com o centralismo burocrático da economia e da sociedade, e temos que atacar a concentração monopolista do sistema bancário e financeiro. Queremos o regresso dos pequenos bancos e o respeito pela força intrínseca das pequenas empresas, dos empresários individuais e das redes formais ou informais de cooperação.

É urgente reformar o estado e a burocracia, libertando a sociedade e a economia da asfixia estatal, burocrática e partidária. Os partidos fazem parte da democracia, mas há e deve mais instâncias democráticas de decisão.

Precisamos de uma sociedade estruturalmente descentralizada, nomeadamente nas grandes áreas da administração pública, saúde, educação e segurança social. 


A ação das freguesias e das paróquias deve ser decisiva na criação e manutenção das redes de emergência social. Devem coordenar-se entre si, devem ser transparentes e prestar contas à comunidade. Podem e devem ter mais meios financeiros, sobretudo através de transferências orçamentais e da solidariedade local organizada. 

Esta reforma profundamente democrática aliviará o orçamento do estado, esvaziando a burocracia e a partidocracia que hoje administram tão vultuosos meios.

Temos que devolver o poder de iniciativa, a capacidade de ação e a responsabilidade às freguesias, às paróquias, aos bairros. E o caminho para aqui chegarmos começa na proliferação e evolução rápida das novas redes sociais. É o poder gerado por estas redes culturais, é a força dos milhões de micro democracias eletrónicas responsáveis que estão neste momento a crescer como cogumelos em toda a parte, que irá transformar a sociedade e fazer tombar o castelo de cartas viciadas em que o capitalismo e as democracias populistas se transformaram.

A revolução tecnológica e cultural pela autonomia, pela transparência, pela responsabilidade e pela eficiência de resultados já começou. O caminho é mesmo por aqui!

António Cerveira Pinto

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